A embalagem é muito mais para o consumidor do que se imagina. É a expressão final e definitiva de tudo aquilo que o produto é e significa, junto ao seu conteúdo. A embalagem imprime vida na relação do consumidor com o produto, superando as funções de conter, transportar e proteger.
Por se tratar de um produto muito perecível, as carnes e seus derivados, são alimentos que rapidamente sofrem deterioração. É fundamental a escolha das embalagens, haja vista que esta, irá contribuir para a manutenção da qualidade do produto, além de uma melhor experiência ao consumidor. Muitas são as tendências de embalagens para carnes e seus derivados, levando em consideração alguns pré-requisitos que ajudam a garantir um produto de qualidade e que seja mais apresentável. Para atender as necessidades deste setor, criamos este curso, discutimos os conceitos clássicos e as tendências em embalagens para carnes e derivados, assim como o papel da tecnologia neste sentido.
• Conteúdo Programático:
1. Tipos de carnes
Particularidades e especificidades que impactam na definição da embalagem.
Carne Bovina / Carne Suína / Carne de ave / Carne peixe.
1.1 Carne processada
Crua/cozida/desidratada/liofilizada/salgada/temperada/resfriada/congelada
1.2 Tendências em embalagens para carnes
Busca por sustentabilidade, conveniência e praticidade
As propriedades das embalagens que visam atender aos requisitos dos produtos cárneos
estão relacionadas à:
- Barreiras a gases, vapor d’água e luz para a conservação de propriedades sensoriais:
- Hermeticidade para evitar recontaminação
- Resistência química para minimizar interação com o produto.
- Resistência mecânica para ter bom desempenho no ambiente de produção, transporte e comercialização.
As tendências atuais de consumo, especialmente:
Embalagens inteligentes:
Contribuem para a redução de perdas na cadeia, como a utilização de:
- Data logger - Mede a jornada de temperatura do produto e indica se ele está apto para consumo.
- Sistemas que permitem a rastreabilidade.
- Impressão digital em embalagens menores para garantir precisão e dificultar falsificação;
- Selos ativos que indicam o limite de qualidade aceitável do produto (deterioração) etc.
Embalagens ativas:
Contribuem para a preservação do alimento embalado redução de perdas na cadeia, como a utilização de:
- Embalagens com aditivos conservantes, saches, filmes aditivados que liberam gases inertes.
1.3. O consumidor como influenciador das embalagens de produtos cárneos
Tecnologias que possibilitam à indústria conhecer estas necessidades
Tecnologias possibilitam à indústria responder aos fatores econômicos
Busca por fatores que transmitam: - Conveniência, saudabilidade, personalização, experiência, funcionalidade e sustentabilidade”.
2. Definição de permeabilidade
Taxa de permeabilidade ao Oxigênio.
Taxa de permeabilidade ao Nitrogênio.
Taxa de permeabilidade ao Vapor de Água.
Taxa de permeabilidade ao Aroma.
Taxa de permeabilidade a Luz.
3. Definição de Shelf Life
Como deve ser medido.
Divergências com a prática.
4. Recurso tecnológicos que aumentam a vida de prateleira
Desidratação. Salga. Resfriamento. Cozimento.
Empacotamento a vácuo.
Empacotamento com uso de atmosfera modificada.
6. Fatores que envolvem a seleção da embalagem
Finalidade do produto - Tipo de produto cárneo
Dimensões e peso/ Logística e transporte/ Resistência a danos mecânicos
Informações obrigatórias/ Rotulagem/ Personalização
Presença de flora específica.
Permeabilidade ao Vapor de água/ Oxigênio/ CO2/ NH3 e Luz
Migração de Aditivos da embalagem para o produto.
7.Tipos de embalagens mais comuns para envase de produtos cárneos
Embalagem de vidro/ Embalagem de madeira/ Embalagem de papel-papelão, lata.
Embalagem de plástico rígido(soprada, injetada e termoformada)
Embalagem de plástico flexível monocamada
Embalagem de plástico flexível multicamada
Embalagem com atmosfera modificada
Embalagem a vácuo
Embalagem de pouch
Embalagem Stand Up Pouch
Embalagem tipo Case Ready ou Tray-ready
Embalagem tipo tripa: Animal / Plástico.
8. Sistemas de envase
Form Full Seal, Termoformação, Termoselagem, Flow pack horizontal, Flow pack vertical,
Flow vac vertical. Com aplicação ou não de vácuo, de nitrogênio ou CO2 ou CO.
9. Sistemas de proteção com relação aos agentes externos e perda de qualidade
Reações químicas induzidas pela luz(fontes/ʎ onda da luz/tempo de exposição)
Reações químicas induzidas pela presença do oxigênio(conteúdo de beta caroteno)
Reações químicas induzidas pela presença de umidade
Suscetibilidade de desenvolver aromas
Deterioração das vitaminas
Deterioração das proteínas
Desenvolvimento de reações enzimáticas
Mudança de cor - Mioglobina
Desenvolvimento de micro organismos
10. Matérias primas utilizadas para produção de embalagens
Polietileno de Baixa Densidade (alta pressão)
Polietileno de Baixa Densidade Linear (baixa pressão)
Polipropileno homopolímero
Polipropileno homopolímero biorientado
Poliéster biorientado
Poliamida coex mono orientada
Poliamida coex biorientada
EVOH - Copolímero Etileno acetato de vinila
PVDC - Policloreto de vinilideno “SARAN”
Película de alumínio nua
Película de papel
11. Variantes destes filmes para embalagens
Película normal nua. Película metalizada normal. Película metalizada de alta barreira (HBM)
Película matte (fosca).
12. Processos de obtenção de filme/termoformagem
Mono e Co extrusão balão. Mono e Co extrusão plana. Co extrusão e bi orientação.
Termoformagem.
13. Processos de obtenção de filme multicamada por laminação
Laminação via seca/ Laminação Solvent Less /Extrusion Lamination
Matéria primas importantes para laminação
Adesivo de performance standard/Adesivo de performance média /Adesivo de performance alta. Adesivos Isocianato(alifático ou aromático) + Poliol (éter ou éster).
14. Processo de Impressão – características, prós e contras
Impressão com tecnologia flexográfica /Impressão com tecnologia rotográfica.
Modificação da tensão superficial dos filmes
Uso do tratador tipo Corona/Uso do tratador tipo Chama/Uso do tratador tipo Plasma.
15. Controle de qualidade da embalagem
Procedimentos para determinação de Plano de Amostragem de Materiais e Embalagens Flexíveis.
Atmosfera padrão para condicionamento e/ou realização de ensaios.
Caracterização dimensional/física e química.
Avaliação da espessura da camada de Metalização.
Determinação do volume e composição gasosa do espaço livre da embalagem.
Propriedades mecânicas (tração, alongamento, rigidez, propagação do rasgo, perfuração, impacto etc.) Análise do COF (coeficiente de deslizamento).
Ensaio de HOT TACK (resistência da termosoldagem a tração).
Ensaio de resistência a delaminação.
Integridade do sistema de fechamento (termosoldagem), (ensaio eletrolítico/ensaio da penetração de solução colorida/ensaio da emissão de bolhas).
Avaliação da resistência á flexão (flex cracking resitance).
Permeação de gordura. ASTM F119-82(98)
Potencial de migração de componentes da embalagem para o alimento.
Avaliação do Potencial de contaminação Sensorial de Alimentos.
Transmissão de luz, (% TE = transmissão de luz especular/haze % = transmissão de luz).
Taxa de permeabilidade ao O2,(método coulométrico/método de aumento da concentração)
Taxa de permeabilidade ao Vapor D´água (método gravimétrico/método com sensor de infravermelho).
Permeabilidade a vapores orgânicos (AROMAS). Uso do detector de ionização de chama.
• Público Alvo:
Engenheiros, Tecnólogos e técnicos em engenharia de alimentos, Profissionais ligados a projeto e definição de embalagens flexíveis, demais profissionais interessados em mudar suas carreiras e tornar-se especialistas neste encantador universo das embalagens plásticas para produtos cárneos.
• Curso On Line: Saiba mais aqui.
São 40 vídeos aulas, disponibilizadas em uma plataforma com login e senha, com duração de aproximadamente 50 à 60 minutos cada, ao final de cada aula estará disponível para download (opcional) alguns exercícios com perguntas que podem ser respondidas e retornadas para correção.
• Inclui:
• Apostilas
• Certificado
• Suporte Técnico